28 junho, 2007

El viejo brujo

Quando estava na faculdade, li alguns contos do Borges em espanhol e, no final do ano passado, minha doce orientadora de mestrado me deu uma bela edição do Aleph, em português, que comecei a ler hoje à tarde. Quero separar algumas coisas dele pra usar com meus alunos no segundo semestre.
O epitáfio do "viejo brujo", como era conhecido o autor do magnífico "El Jardín de senderos que se bifurcan" diz o seguinte:

“Aqui sob os epitáfios e as cruzes não há quase nada. Aqui não estarei eu. Estarão meu cabelo e minhas unhas, que não saberão que o resto morreu, e seguirão crescendo e serão pó”

Às vezes tenho uma sensação como essa... de que nem sempre todas as nossas partes sabem que algo já morreu. É estranho... (Mas quem disse que viver não pode ser um pouco estranho?)

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