09 novembro, 2006

Campo Alegre

Pé de limão,
Coração batedor com as histórias do bicho-papão.
Fogão de lenha, conversar na varanda, se esconder na rede do quintal.
Ir pescar, correr da borboleta,
"Se seu pó cai nos olhos, menino, enxerga mais não!"
João-de-barro ponteia, é fim da estrada,
Chegar na viagem, ver o vô e a Dona Enéia.
Depois comer tomatinho do mato, pinha, coco e as frutas do pomar.
Roubar doce na venda, pesar o arroz na venda.
Vô, que saudade do tempo de infância, onde é que ele foi se esconder?
Onde o vô está agora?
Em que mundo, em que roça distante, contando as histórias de assombração?
Vô, como cê tá agora?
Campo Alegre a saudade de um tempo que volta mais não.

Essa vai pro meu amigo Sergio Zímerer, que a tirou do fundo do baú e me lembrou do tempo em que eu escrevia canções.

5 comentários:

Anônimo disse...

Pq então não volta a escrevê-las e a ju faz a música? Aí, é claro, vc as canta com sua maravilhosa e encantadora voz!

Anônimo disse...

eu não sou anônima, não! hunf!!!

L. disse...

pois é.... acho que passou essa fase de escrever música.... bj!

Anônimo disse...

saudades de um tempo que eu, infelizmente, não vivi por ser bem pequeno, e não registrei por algum capricho do destino...

sergio z disse...

Caracoles triplos!!! Só agora eu vi! Nove anos depois! De qualquer forma atesta a genialidade da Lina Mendes, além de sua belíssima voz, carisma e inteligência.