É claro que "Paula"e "Bebeto" são nomes fictícios. É claro também que a história não é exatamente a que está escrita. Vida e literatura têm uma relação muito estreita, mas vida é vida, texto é texto. Não dá pra viver Literatura, não dá pra transformar a vida num romance ficcional. Viver implica carne, sangue, emoção, rotina, cotidiano, pagar as contas, pé no chão, companheirismo.
Em poucas palavras, o segundo capítulo de "Paula e Bebeto" rolou mais ou menos assim (e é uma transcrição do real, caro leitor):
Após falar com "Paula", "Bebeto" ficou estranho. Não conseguia mais se concentrar na vida real e fincou o pé num passado distante mais de 20 anos. Resolveu mandar um torpedo. "Paula" respondeu. Mandou outro, ela respondeu de novo e assim passaram os últimos 4 dias, ora se falando por telefone, ora por torpedo.
A mulher de "Bebeto" percebeu o movimento estranho e perguntou o que era. Ele disse. Brigaram. "Você vai ter de escolher". Ele escolheu. "Bebeto" escolheu a Literatura. Encheu o carro com as suas coisas e saiu de casa. Pôs o travesseiro debaixo do braço e voltou pra casa da mãe.
É preciso fazer escolhas e assumir os efeitos bombásticos dessas escolhas. "Paula" escolheu procurar seu amor adolescente. "Bebeto" escolheu arriscar - e arriscou bonito, pois eles ainda nem se viram pessoalmente. Certamente trocaram fotos, se viram pelo MSN ou pelo Orkut, mas será que é isso mesmo? Será que quando se cruzarem na vida real, o sentimento infantil e idealizado que os une vai sobreviver?
Sei lá... Às vezes é preciso viver a Literatura pra saber que o que te faz inteiro é a vida real...
Caros leitores, aguardem os próximos capítulos.
21 março, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário