21 junho, 2007

Histórias de assombrar crianças

Quando minha filha tinha uns 9, 10 anos mais ou menos, passávamos muitos fins de semana no sítio e ela sempre levava alguns amigos da mesma idade. Nessa época, eu comecei a contar umas histórias de medo pra eles antes de dormir. Eles adoravam. Até hoje, uma colega dela não me olha nos olhos por causa de umas caras e bocas que eu fazia.
Comecei com algumas que lembrava de minha infância, quando meu avô sentava pra contar histórias no "alpendre" de sua casa na roça, com aquela "netaiada" enorme a sua volta. Depois, passei pras que a minha mãe me contava (sou de uma família de aterrorizadores de criancinhas!) e, mais pra frente, comecei a inventar as minhas. Era o maior barato.
Quando resolvi colocá-las no papel, descobri a diferença entre oralidade e escrita. Nada a ver! A história de medo contada na frente da lareira, com tudo apagado e a lua entrando pela janela é impossível de ser colocada no papel. Há todo um clima, gestos, olhares, efeitos sonoros... Como é que eu coloco no papel o barulho da porta rangendo de modo que ele tenha o mesmo efeito que o som "nheeeeec"? Não dá. Acabei desistindo de escrevê-las e isso foi péssimo, pois é claro que esqueci grande parte delas.
Tenho ainda umas duas ou três que digitei na época e vou postá-las no CORDEL ENCARNADO (link ao lado). Pra saber seu efeito verdadeiro, sugiro um chalé no meio do mato, noite escura, voz sussurrada, lua cheia, candeeiro aceso...

Amanhã começo.

5 comentários:

Anônimo disse...

Baiana querida,
Confesso que até hoje tenho medo de seus causos de assombração, mas não conheço melhor contadora de histórias.Manda ver que deixarei a luz acesa...
Beijos.

L. disse...

rss... não sou mais a mesma, não precisa ter medo...

Anônimo disse...

juro q não faço idéia de quem seja essa pobre grande criança traumatizada pelo resto da vida!!
hehehehehehe
acho q com alguns poucos séculos de analise conseguirei olhar em seus olhos!
Bjão tia Lina

L. disse...

Juice querida!!!!!!! Juro por Deus que não era minha intenção traumatizar ninguém.... Precisamos repetir a sessão de histórias à beira da fogueira. Só assim, a "pobre menininha assustada" vai ver que não tem nada de terror nos meus "doces" olhinhos... Bom te ver por aqui! Grande beijo!!!

Anônimo disse...

hehehehe
sei sei sei!! Foi tudo friamente calculado. To brincando tia.
Pode escreve aí q eu vo lê tudinho, já so uma garotinha grande, nem tenho mais medo tá?! (será?)
Bjão tia