Era uma jóia turca muito antiga, mostrada ao público pela primeira vez em 1960, mais ou menos. Especialistas ingleses achavam que sua fabricação datava das invasões árabes na Espanha no século VII, VIII; franceses afirmavam que era anterior ao nascimento de Cristo; chineses diziam pertencer originariamente à rainha Zhu, da dinastia Ming e ter desaparecido após as viagens de Marco Pólo. O importante mesmo é que era valiosa. Extremamente valiosa. O proprietário, Giancarlo Federico, Gianca, um italiano radicado numa vila perto de Porto Seguro, na Bahia, dizia que estava em sua família há mais de 400 anos, mas ninguém acreditava; rolava à boca-pequena um boato de que era tudo história, por não possuir nenhum tipo de certificado de propriedade. As línguas mais ferinas do local, quando viram chegar no vilarejo os carros da Globo, afirmavam categoricamente que ele era um receptador, que possuía vínculos com a máfia, com a TFP, Oppus Dei e até com a Ku Klux Klan. A verdade é que essa jóia de valor incomensurável ficava guardada num pequeno cofre escondido atrás de uma gravura falsificada do Van Gogh, bem em cima da cama dele.
Só que sumiu.
(continua...)
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16 julho, 2006
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9 comentários:
Um alguidar acompanhado de sidra só podia ser remédio pra dor de coração, mesmo... Bem esperta, essa Dora. Êta, pombajira boa, a dela...
que lindo! o pai de santo era armação da dora, então! no amor vale tudo! amei!
eita! o.Ô
uma delícia de texto, parabéns!
Lina Maria,
Obrigada pela homenagem! Ando meio perdida e quando entro nesse espaço dou de cara com fragmentos de um espelho, onde me reconheço nas entrelinhas dos seus textos maravilhosos.
Beijos na alma.
Pois é, Jam, santo não faz questão de Chandon... beijo
Obrigada, Pedro e Fê. continuem por aqui! bjs
Turkhesa querida, se vc continuar sumindo, vou ter que mandar o homem da globo aí pra Campas... beijo!
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