06 junho, 2006

No Jockey sem chapéu?

Outro dia eu e a Duds fomos ao Jockey. Grande Prêmio, cavalos maravilhosos, sofisticação. Coloquei um terninho, sapatinho de salto e, enquanto esperava umas três horas até minha filha terminar de se arrumar, fui perguntar se minha mãe queria ir.
- Mãe, vamos com a gente?
- Ao Jockey?
- É, não quer ir?
- Como assim? Sem chapéu?
- Não precisa de chapéu, mãe, a gente não vai pro almoço com as dondocas do clube, só vamos assistir aos páreos, fazer umas apostas...
- Ir ao Jockey sem chapéu e não participar do almoço? Eu, hein!
- Mas, mãe, 160 paus por cabeça pra almoçar não é demais não?
- Só vou no Jockey de chapéu! Quando quiser que eu vá DE VERDADE, me convide com antecedência pra eu providenciar uma roupa decente!
Fechou a cara e terminou o dia em companhia do Faustão.
Fomos. Apostar, que é bom, não apostamos não, mas tiramos cada foto.... Tinha de tudo. Desde as peruas “enchapeladas”, até as desprevenidas, barradas na porta, por estarem de tênis. E os homens? Uns lindos e chiquérrimos a bordo de seus Zegnas e aqueles que adoram usar terno preto e meia branca reluzente.
Há um outro tipo muito peculiar que circula por lá: paletó xadrez surrado ou de cor clara, diferente da calça, camisa com o último botão aberto, gravata de gosto duvidoso. Muitos homens com esse perfil. Eles encostam no balcão de apostas e assistem a tudo pelas enormes TVS do Jockey. Não desgrudam o olhar um minuto da tela e quando um páreo termina já estão com as apostas feitas pro próximo. São os apostadores profissionais. É, gente, existe: é aquele cara que não tem onde cair morto, mas é completamente viciado em cavalos e gasta tudo o que ganha numa aposta. Tava cheio deles por lá... Quando eu era pequena, sempre ouvia umas histórias cabeludas do marido da prima da cunhada da tia tal, que tinha perdido a casa, o carro, o emprego, a família, tudo por causa dos cavalos... Credo...
Mas o resto é lindo! Cavalos brilhantes, arrumados, enfeitados e aqueles jóqueis nascidos em Lilliput dando tudo pra ganhar. Muito legal! Menininhos de terninho, menininhas com vestido de festa, algodão doce, refrigerante e cachorro quente à vontade pras crianças. Entrada grátis.
Na saída, passamos no Q!BAZAR, que tem de tudo (exceto chapéu!) com preços ótimos, porque ninguém é de ferro, né?

6 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo seu blog. Bons textos, bom humor. Parabéns!

Cronópios Editora disse...

Amigalina, me orgulho de ser uma das poucas mulheres que entrou no Jockey de tênis. Produtora pode... E ainda almoça de graça. E sem chapéu!

Anônimo disse...

só fui ao jockey uma vez, e de chapéu! Foi no casamento de uma amiga minha, que a família do noivo dela era cheia da grana. Foi o máximo, saí no Flash e tudo mais! bjus

L. disse...

Caro Pedro, seja benvindo! Espero que volte.

L. disse...

Fê, você é a mesma Fê que comentava por aqui antes e deu uma sumida? Esse Flash que vc está falando é o programa do Amaury Jr? Chique, hein?

L. disse...

Dear Poliângela, da outra vez que estive no Jockey, fui pra fazer uma serenata, num almoço de umas senhoras voluntárias do Hosp. do Câncer. High Society! estive lá a bordo de traje de gala, saia longa, make up e tals... Mas com direito àquele almoço maravilhoso e, o melhor, grátis! beijo